Prestes a passar por eleição que definirá nova diretoria, a Anapetro tem pouco mais de um ano de fundação, representa mais de 500 petroleiros, já foi pautada em diversos meios de comunicação e ganha força dentro de órgãos públicos

Os novos diretores da associação darão andamento à tarefa de representar a categoria petroleira e acionista dentro de órgãos de controle de empresas de capital aberto. (Foto: Reprodução)
Por Andreza de Oliveira

Fundada em 15 de junho de 2020, a Associação Nacional dos Acionistas Minoritários da Petrobras (Anapetro), em pouco mais de um ano, já representa mais de 500 petroleiros investidores da estatal e possui agora legitimidade para propor ações civis públicas, de acordo com a lei 7.347/85.

Para representar essa categoria de trabalhadores, foram eleitos, provisoriamente, 10 petroleiros de sindicatos pertencentes à Federação Única dos Petroleiros (FUP) de diversas regiões do Brasil para ocupar cadeiras na Diretoria Executiva, Conselho Deliberativo e Conselho Fiscal da associação.

A iniciativa surgiu em meio a necessidade dos trabalhadores acionistas da companhia resistirem contra as privatizações pelas quais a Petrobrás vem passando – nocivas ao patrimônio público da maior empresa estatal brasileira – dentro de órgãos públicos.

Para evitar prejuízos à estatal, o grupo tem como finalidade questionar a atual gestão da Petrobras junto a órgãos de controle de empresas de capital aberto como a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e Tribunal de Contas da União (TCU), Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), Bolsa de Valores, entre outros.

Saindo de setores estratégicos como o de fertilizantes e biocombustíveis, a Petrobras abre mão da soberania nacional, do desenvolvimento social, tecnológico e científico, dando prioridade à visão imediatista de lucro aos investidores e deixando de lado os interesses do Brasil. 

Na mídia

Com a necessidade de ampliar os espaços de representação dos trabalhadores acionistas da companhia e legitimar o discurso contra a privatização da empresa, a associação ocupa um local que propaga os questionamentos da categoria, prova disso são as abordagens, desde sua fundação, feitas sobre a Anapetro na mídia geral – como no Estadão, Correio Braziliense, no Petróleo Hoje e na Portos e Navios

Na categoria sindical, a fundação da Anapetro também foi notícia publicada no portal da Central Única dos Trabalhadores e nos Sindicatos dos Petroleiros da Bahia e do Rio Grande do Norte.  

No início de 2021, a ação da associação contra a venda da Refinaria Landulpho Alves (RLAM) para o fundo árabe Mubadala, por metade do valor estimado, com representação na CVM, também foi pautada em diversos veículos, como UOL, IstoÉ Dinheiro, Brasil de Fato, TVT, Portal Eu Quero Investir, Bahia.Ba, na coluna do petroleiro Deyvid Bacelar, no poder 360 e, inclusive, internacionalmente, no Portal Bnamericas

Além de ser contra a desverticalização da Petrobras, a Anapetro também tem se posicionado contrária as recentes privatizações pelas quais demais estatais brasileiras vêm passando, como no caso da Eletrobras, citada na EPBR.

Eleições

Na próxima assembleia geral para acionistas associados da Anapetro, agendada para o dia 03 de agosto, às 18h, pela plataforma Zoom, a associação realizará a eleição da nova chapa que representará a entidade por um mandato de quatro anos. Para concorrer, o candidato precisa estar associado por mais de sete meses.

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